RESUMEN
Apresentar conflitos existentes na assistência ao parto por enfermeiro obstetra e propor formas de minimizá-los. Métodos: Pesquisou-se a evolução histórica da assistência ao parto e as ações que se fizeram necessárias para a capacitação dos profissionais da área. Os Códigos de Ética de Enfermagem e Médica, a legislação vigente, os livros básicos de ginecologia e obstetrícia, os artigos de revistas médicas e de enfermagem, tendo Lilacs e Medline como fontes de dados, além de textos leigos e de Organizações Não Governamentais foram pesquisados. Identificaram-se conflitos na assistência ao parto por enfermeiro obstetra, para os quais se propõe formas de atuação. Resultados: A análise do material pesquisado mostra que a assistência ao parto, inicialmente domiciliar e depois institucional, trouxe o intervencionismo nesta atividade; que o aspecto social e humano do nascimento foi minimizado e o parto transformado em ato médico. Encontrou-se forte ligação entre enfoque de humanização do parto e sua assistência por enfermeiro. Conclusões: Conclui-se que, mesmo com respaldo legal e ético, a assistência ao parto por enfermeira obstetra é motivo de conflitos entre a equipe de saúde, particularmente no referente aos limites de atuação do enfermeiro e do médico. Tais conflitos devem ser identificados e discutidos nas instituições e estas devem investir no trabalho em equipe e dispor de protocolos claros, definindo limites de responsabilidades.
To present the conflicts in birth deliveries assisted by nurse midwife and propose ways to minimize them. Methods: We researched the historical evolution of childbirth and the actions that were necessary for the training of professionals. Codes of Ethics of Nursing and Medicine, the current law, basic books of obstetrics and gynecology, articles from medical and nursing journals, with Lilacs and Medline as data sources; laic texts and others from non-governmental organizations (NGO) were surveyed. Conflicts were identified in birth deliveries by nurse midwife, for which we propose ways of acting. Results: The analysis of research material shows that the time of delivery, initially at home and afterwards in institutions, brought interventionism in this activity; that social and human aspects of birth and delivery were minimized and birth delivery changed into medical act. We found a strong link between the focus in humanization at child delivery and its assistance by nurses. Conclusions: We conclude that even with legal and ethical support the delivery care by nurse midwife is a source of conflict between the health team, particularly with regard to the limits of performance of the nurse and doctor. Such conflicts must be identified and discussed in the institutions and they should invest in teamwork and have clear protocols defining boundaries of responsibility.
